Os Pontos Cardeais Acrobatas

concepção, desenhos e o projeto do livro
São Paulo, Brasil | 2013

Por trás da brincadeira da cama de gato está minha admiração por inventar desenhos com o corpo. Há uma delicadeza em sustentar um jogo, sem competição, onde o objetivo é apenas desenhar com as mãos. A qualquer momento, os participantes correm o risco de ver sua trama virar um nó e ter de recomeçar.
Este projeto começou em 2008 quando conheci uma câmera Pinhole 3D de montar. Com esta câmera fiz alguns zines até descobrir a imagem que desejava ver num livro: cada mão numa página e as linhas sobrevoando a superfície do papel. O processo de fotografar foi muito trabalhoso, a leveza das mãos na foto não revela as posições nada naturais no momento do clic. Muitas sessões de foto até conseguir a textura, a luz e o tamanho certo das imagens. O livro, com 23 anáglifos, mostra o jogo da “cama de gato” enquanto os pontos cardeais tentam formar uma rosa dos ventos. Impresso em 4 x4 cores, livro cartão, 46 páginas, 15,8 x 19 (H) cml, óculos 3D incluídos. Fotos de André Brandão. Publicado pela Cosac Naify.

Interview to Picturebook Makers:

The first of the two books I will talk about in this post is called ‘Os Pontos Cardeais Acrobatas’ (The Acrobatic Cardinal Points). This project began on a trip to Japan in 2008 when I found a magazine that came with a cutout 3D pinhole – one of those unbelievable Japanese objects. When I got back to Brazil I produced a series of publications made with this machine and also some 3D drawings. I often start with small fanzines and sketches that I can consult in order to design a book.
The challenge was to use 3D language as a poetic device and not just a magical effect. It was also essential to consider the book as an object, with simple things like sheets superimposed, bound and folded to one side, with the intention of being able to leaf through from one side to another – a device I am always returning to in my work.
Behind the cat’s cradle game is my admiration for creating drawings with the hands in which the vertices are our own fingers. There is a delicateness in keeping the game going, without competition, where the goal is only to create figures. The players can afford to risk, at any moment, seeing their figures dismantled or becoming a knot. In this book, each hand is located on one page. By leafing through the pages, the hands touch each other like in the real game, and the lines fly over the book. That was the image which I pursued and wanted to see in print.
With the help of a photographer friend and assistant designer, we carried out around five photo sessions in a studio to get the texture, the light and the size of the images. We also captured the texture and the colour of the curtain and the lines, as well as the gesture of the hands (curiously this led us into unnatural positions at the time of shooting). In my childhood, the cat’s cradle had never been my speciality, so it was necessary to study the game – learning from specialised books to get a sequence of steps to be shown throughout the book.
On the photographed lines I decided on a graphic intervention. Perhaps by virtue of my motivation as an illustrator, I created characters balancing on the tightrope. It reminded me of a play that takes place on the moon by Vicente Huidobro (a Chilean poet who inhabits my depths), where four trained cardinal points are presented.
After personally seeing Calder’s circus in MoMA’s collection, as well as the books of Sol LeWitt, it became easier to realise these single characters. While hands play to make stars with the string, the cardinal points dance with each other and become a rainbow, a compass rose, a tower, and various other things.

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Andrés Sandoval, 1973, trabalha em São Paulo. Desde 2003, cria desenhos para livros, estampas, murais e exposições. Estudou arquitetura na Universidade de São Paulo e publica seus desenhos pelas editoras Companhia das Letras, Todavia, Ubu e revista Piauí. Desenhou as estampas para tecido da Neon e Irrita e os murais da Fundação Bradesco, em Bodoquena, MT. Participou da X e XII Bienal de Arquitetura de São Paulo, da exposição Cidade Gráfica no Itaú Cultural e Linhas de Histórias, no SESC Santo André, Campinas e Araraquara. Seus cadernos de campo e desenhos de plantas participaram da exposição Pedra Viva, Museu da Escultura e Ecologia – MUBE, São Paulo. Entre seus parceiros de arquitetura e design, Rosenbaum, Grupo SP, PS2 Design, Bloco Gráfico. — (en) Andrés Sandoval, 1973, works in São Paulo. Since 2003, he has been creating drawings for books, prints, murals and exhibitions. He studied architecture at the University of São Paulo and publishes his drawings with the publishers Companhia das Letras, Todavia, Ubu and Piauí magazine. He designed the fabric prints for Neon and Irrita and the murals for the Bradesco Foundation in Bodoquena, MT. He took part in the 10th and 12th São Paulo Architecture Biennale, the Cidade Gráfica exhibition at Itaú Cultural and Linhas de Histórias, at SESC Santo André, Campinas and Araraquara. His field notebooks and plant drawings took part in the exhibition Pedra Viva, Museu da Escultura e Ecologia – MUBE, São Paulo. His architecture and design partners include Rosenbaum, Grupo SP, PS2 Design and Bloco Gráfico.

Andrés Sandoval, 1973, artista, trabalha em São Paulo. Desde 2003, desenvolve livros, estampas, murais e exposições. Estudou arquitetura na Universidade de São Paulo e publica seus desenhos pela Cia. das Letras, Todavia, Ubu e na revista Piauí. Desenhou as estampas da Neon e da Irrita e os murais da Fundação Bradesco, em Bodoquena.

Participou da X e XII Bienal de Arquitetura de São Paulo, da exposição Cidade Gráfica, Itaú Cultural e Linhas de Histórias, SESC Santo André, Campinas e Araraquara. Entre seus parceiros de arquitetura e design, Rosenbaum, Grupo SP, PS2 Design, Bloco Gráfico.